no filme
o menino
explica
para a mãe
por que
é preciso
apontar uma pedra
com um apontador
isto aqui deveria
se chamar
"boyhood"
a cena
tem de ser
no carro
porque ali
a distância se dá
entre os bancos
entre as músicas
isto aqui deveria
se chamar
"boyhood"
uma vida
no carro
quem diria
quem creria
na suavidade ali
no intervalo
na espera
no transcurso
"open up your eyes now
tell me
what you see
it is no surprise now
what you see
is me"
nossa nave
dos loucos
na cidade
louca
cinema para cegos
hipopótamos vis
perguntas sem resposta
tudo é nosso
nada é
só o tempo
21.11.14
paloma vidal nasceu em buenos aires. dos 2 aos 25 anos morou no rio de janeiro. atualmente vive e trabalha em são paulo, como escritora e professora de teoria literária na universidade federal de são paulo.
publicou os livros "a duas mãos" (7letras, 2003), "mais ao sul" (língua geral, 2008), "algum lugar" (7letras, 2009), "mar azul" (rocco, 2012), "três peças" (dobra, 2014), "dupla exposição" (com imagens de elisa pessoa, rocco, 2016), "ensaio de voo" (quelônio, 2017), "não escrever" (malha fina cartonera, 2018), "pré-história" (7letras, 2020), "la banda oriental" (tlm/ paripé books, 2021) e "não escrever [com roland barthes]" (tinta-da-china, 2023).
4 livros foram feitos a partir deste blog, cada um com 50 postagens: "durante" e "dois" (7letras, 2015); "wyoming" e "menini" (7letras, 2018).
https://www.ondeeunaoestou.com
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